terça-feira, 8 de junho de 2010

ENTREVISTA: RELIGIÃO E SEXUALIDADE (PARTE 1)




Reverendo Elias Mayer Vergara, OST. Sacerdote da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Paróquia São Felipe em Goiânia à TBC.

ENTREVISTA: RELIGIÃO E SEXUALIDADE (PARTE 2)




Reverendo Elias Mayer Vergara, OST. Sacerdote da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Paróquia São Felipe em Goiânia à TBC.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

CAFÉ COM CINEMA - RELIGIÃO E DIVERSIDADE SEXUAL DIA 03/07/10 ÀS 19H

CAFÉ COM CINEMA apresenta:


“...porque assim me diz a BÍBLIA”
(tradução livre)

(DOCUMENTÁRIO)
Sinopse: Pode o amor entre duas pessoas ser uma abominação? O abismo separando homossexuais e cristãos é de fato tão grande quanto aparenta? Como a Bíblia pode ser usada para justificar ódio? Estas são as questões no coração de Daniel Karslake em “...porque assim me diz a BÍBLIA”. Este provocador e divertido filme concilia homossexualidade com interpretações e traduções literais da Bíblia. Através das experiências de cinco famílias tradicionais americanas, descobrimos como as pessoas conseguem, ou não, lidar com um filho gay. Ouvimos vozes respeitadas, ligadas a diversas religiões. Segundo notas da produção, o filme oferece cura, clareza e compreensão a quem quer que seja capturado na mira das escrituras religiosas, independente de sua orientação sexual.
Gênero: Documentário / Duração: 95 Min. / Produção: E.U.A / Direção: Daniel G. Karslake / Elenco: Imogene Robinson, Victor Robinson, Gene Robinson, Isabella 'Boo' McDaniel, Brenda Poteat, David Poteat, Tonia Poteat, Randi Reitan, Phil Reitan, Jake Reitan, Britta Reitan, Jane Gephardt, Richard Gephardt, Chrissy Gephardt, Mary Lou Wallner...


Dia 03 de Julho (sábado) 19h

Discutindo: Religião e Diversidade Sexual

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Local: CENTRO CULTURAL CARAVÍDEO: Rua 83, no. 361, Setor Sul


levar uma bebida e algum lanche para partilhar

ÁGAPE A FESTA DO AMOR

Amig@s da Pastoral da Diversidade Sexual,

Mais uma vez nos dirigimos a vocês para agradecer a sua participação em nossa última atividade da Pastoral.
Nossa primeira celebração do Ágape: a Festa de Amor, contou com a participação de 18 pessoas, que juntas fizeram uma grande experiência religiosa.
Nosso encontro começou com um exercício de encarnação do ser de Deus. Vimos que a divindade possui muitos nomes e muitos adjetivos. Pensávamos que Deus tinha apenas um nome e que morava no Céu. E quando vimos, os seus nomes eram muitos e a sua morada era bem aqui na terra. Somos também Deuses. E assim cada um e cada uma foi acolhido no ambiente do Ágape – como seres divinos.
Depois a professora Cristina nos ensinou várias danças sagradas. Danças que sem falar de Deus, nos colocaram diante do mistério da vida humana, da vida da natureza, da subjetividade. A dança mexeu com os nossos corpos que se embriagaram do mistério das divindades que evocamos no início de nossa celebração.
Quando nossos corpos já estavam quentes e transpirantes e os nossos corações leves movidos pela energia poderosa da dança sagrada, a professora Izabel nos ajudou na terapia do abraço. O abraço primeiro nos aproximou dois a dois, depois quatro a quatro e por fim o grupo inteiro abraçou-se carinhosa e amorosamente. Dar colo e receber o colo. Um gesto de amor que pode curar a dor de tantas pessoas. Com certeza nossos abraços nos deixaram mais saudáveis e mais livres de tantos preconceitos que trouxemos até aquele lugar.
Por fim, a música da MPB, interpretada por Eliseu, Leonardo e Gustavo Vergara criou o ambiente festivo de nosso Ágape. Nos confraternizamos com vinhos e outras bebidas. Ficamos por mais um bom tempo conversando, ouvindo boa música, aprofundando as relações de amor e amizade.

Assim foi esta primeira experiência do Ágape: a Festa do Amor!

Você o nosso convidado para viver esta experiência.

Aguarde, outra oportunidade virá!

Reverendo Elias Mayer Vergara, OST

terça-feira, 1 de junho de 2010

Diocese de Los Angeles tem duas novas Bispas


Sete anos após a sagração do Rev. Gene Robinson (assumidamente gay) como bispo da Diocese de New Hampshire, agora foi a vez de uma reverenda homoafetiva ser sagrada bispa. A Diocese de Los Angeles no último final de semana ordenou formalmente a reverenda Mary Glasspool ao episcopado. Glasspool é a bispa de número 1045 na Igreja Episcopal dos Estados Unidos. Em 2003, quando da sagração de Gene Robinson ele utilizou um colete à prova de balas por baixo das vestes sacerdotais, pois recebeu ameaças de morte por parte de grupos fundamentalistas cristãos. Dessa vez, porém, a cerimônia foi celebrada em clima de grande alegria e contou apenas com a pequena interrupção de dois manifestantes dentre as três mil pessoas que se reuniram para orar por Mary Glasspool e Diane Bruce, as novas bispas auxiliares da Diocese de Los Angeles, que conta com 147 congregações, 44 escolas e 20 instituições, reunindo em sua área aproximadamente 70 mil episcopais.

A Liturgia contou com o apoio e participação de cerca de 30 bispos, incluindo o Revmo. Rev. Martin Barahona de El Salvador, o bispo aposentado de Uganda Christopher Senyonjo, a bispa Barbara Haris (que em 1988 se tornou a primeira bispa da Comunhão Anglicana) e do Revmo Bispo Gene Robinson, da Diocese de New Hampshire. Participaram ainda os bispos Frederick H. Borsch (aposentado), Lawrence Provenzano (Long Island), Mark Hollingsworth Jr (Ohio) e três bispos da Diocese de Maryland, onde a Reverenda Mary Glasspool trabalhou por oito anos.

Também estiveram presentes bispos da Igreja Evangélica Luterana da América, Dean Nelson (Sínodo do sudoeste da California) e Murray D. Finck (Sínodo do Pacífico), além de pastores da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, da Igreja Metodista e da Igreja Unida de Cristo.

A bispa Diane Bruce é casada com Stephen Bruce, o casal tem dois filhos adultos.

A bispa Mary Glasspool é filha de um clérigo da Igreja Episcopal e vive há duas décadas com sua parceira Becki Sanders, que também é formada em teologia e em serviço social. Elas se conheceram em Boston (Massachussets), quando Mary ainda era seminarista.

(Bispa Diane Bruce à esquerda e bispa Mary Glasspool, à direita)

A liturgia foi marcada por elementos da rica diversidade cultural de Los Angeles, e contou com a participação de um baterista coreano, de gaiteiros da Universidade da California, uma banda de louvor chinês (Paróquia St. Thomas) e uma banda mariachi, alem de um coral de 125 vozes da Diocese representando 147 congregações que entoou cânticos de louvor da Nigéria, Itália e de outros países. A celebração durou, ao todo, 3 horas e foi realizada na Arena Long Beach.

A procissão começou com uma dança litúrgica conduzida por um dragão chinês e o bater de tambores. A Bispa Presidente Katharine Jefferts Schori iniciou a liturgia com a Proclamação da Páscoa: “Aleluia, Cristo ressuscitou”, seguida pela Coleta pela Pureza. No momento do Kyrie, uma voz gritou “Arrependei-vos” do pecado da homossexualidade”. Foi a única manifestação de oposição.

As duas candidatas foram apresentadas por grupos diferentes de clérigos. A Comissão Permanente Diocesana atestou que as candidatas foram devidamente eleitas pela convenção diocesana e que são pessoas experientes e plenamente qualificadas na fé e no caráter para exercer a função de bispas para a honra de Deus e a edificação da Igreja, e que suas vidas davam testemunho de exemplo salutar para o rebanho de Cristo.A eleição de ambas também foi aprovada por maioria na Cãmara dos Bispos da Igreja Episcopal dos Estados Unidos e pela maioria das dioceses.

A Bispa Presidente perguntou se havia alguém poderia apresentar qualquer razão pela qual a sagração não pudesse ser realizada. Após um período de silencio e, sem que houvesse qualquer manifestação contrária, a bispa perguntou à congregação presente se era seu desejo que Diane e Mary fossem ordenadas bispas.

“Esse é o nosso desejo”, foi a resposta.

Ela perguntou novamente se a comunidade apoiaria Diane e Maria como bispas, e toda congregação respondeu positivamente.

Seguiu-se a Liturgia da Palavra, apresentada em vários idiomas – inglês, coreano, espanhol e tagalog (dialeto filipino).

A aclamação ao Evangelho foi feita através de um canto africano acompanhado pela batida de um tambor

Na homilia, o bispo Bruno declarou: “É importante entender que essas mulheres foram chamadas pela comunidade de Deus. Eles foram chamadas pelo povo de Deus para ocupar um lugar que outras mulheres não tiveram ainda na Diocese de Los Angeles. Elas são chamados a ser apóstolas da Igreja; elas são chamados a exercer o ministério de Jesus neste lugar, de tal forma que o mundo seja transformado”

O bispo Bruno lembrou ainda: “Em Cristo não há judeu nem grego, nem escravo nem livre. Não há nem homem nem mulher, gay ou hetero. Na Igreja Episcopal não há excluídos”.

A Bispa Presidente lembrou às novas colegas que elas são chamadas a guardar a fé, a unidade e a disciplina da igreja, para celebrar os sacramentos, para ordenar diáconos e padres e pastores fiéis e ser exemplos salutares para o rebanho de Cristo.

As duas mulheres então silenciosamente ajoelharam-se diante da Bispa Presidente e o hino Veni Sancte Spiritus foi entoado como em latim.

No momento em que a voz da bispa presidente iniciou a oração de consagração, todos os bispos presentes circularam as duas mulheres impondo-lhes as mãos.

Para ler, em inglês, um testemunho da bispa Mary Glasspool, acesse o link:
O testemunho da bispa Diane Bruce também pode ser lido no link:
Damos graças a Deus pelo testemunho da Diocese Episcopal de Los Angeles e pelas vidas das Bispas Diane Bruce e Mary Glasspool.